Para muitos, esta quarta-feira (1) é celebrada como o Dia da Independência. Não do Brasil em relação a Portugal, mas virtualmente do contribuinte em relação aos tributos. Vejam bem, virtual.
Em 2016, 41,80% de todo o rendimento que os brasileiros ganharem, em média, será destinado para o pagamento de tributos, de acordo com estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Isso equivale a 153 dias de trabalho, ou 5 meses e 1 dia, o que se encerra nesta quarta-feira.
O estudo mostra ainda que os impostos nos rendimentos cresceram nos últimos anos. “Hoje se trabalha o dobro do que se trabalhava na década de 70, para pagar a tributação”.
Comparações
Em 2003, o brasileiro destinou, em média, 36,98% do seu rendimento bruto para impostos, ou o equivalente a 4 meses e 15 dias. Já em 2010 foram 40,54%, ou 4 meses e 28 dias.
O comprometimento dos rendimentos com impostos, taxas e contribuições exigidos pelos governos federal, estadual e municipal em 2014 e 2015 ficou em 41,37%, ou 151 dias.
Ressalva: os cálculos de 2016 levaram em conta o fato deste ano ser bissexto, ou seja, com 366 dias no seu total.
Impostos considerados
O estudo “Dias Trabalhados para pagar Tributos” considera a tributação incidente sobre rendimentos, formada pelo Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), contribuições previdenciárias e sindicais; e a tributação sobre o consumo de produtos e serviços, como PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS, etc; e a tributação sobre o patrimônio, onde se incluem IPTU, IPVA.
São consideradas também as taxas de limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos e contribuições, como a iluminação pública.
Pode variar: dependendo da faixa de renda, o comprometimento da renda com impostos pode ser maior ou menor.
Ranking dos Países: Brasil fica em 8º lugar
Também foram comparados no estudo a quantidade de dias necessários para pagar impostos de 27 países. O Brasil fica na 8ª posição, logo atrás da Noruega, onde os cidadãos destinam 157 dias de trabalho por ano aos tributos.
Vale lembrar que não são consideradas as taxas de retorno à população.
Veja o ranking:
POSIÇÃO |
PAÍS |
DIAS TRABALHADOS |
1º | DINAMARCA | 176 |
2 º | FRANÇA | 171 |
3 º | SUÉCIA | 163 |
4 º | ITÁLIA | 163 |
5 º | FINLANDIA | 161 |
6 º | ÁUSTRIA | 158 |
7 º | NORUEGA | 157 |
8 º | BRASIL | 153 |
9 º | HUNGRIA | 142 |
10 º | ARGENTINA | 141 |
11 º | BÉLGICA | 140 |
12 º | ALEMANHA | 139 |
13 º | ESPANHA | 138 |
14 º | ISLÂNDIA | 135 |
15 º | REINO UNIDO | 132 |
16 º | ESPANHA | 131 |
17 º | CANADÁ | 130 |
18 º | NOVA ZELÂNDIA | 129 |
19 º | ISRAEL | 125 |
20 º | JAPÃO | 124 |
21 º | IRLANDA | 122 |
22 º | SUÍÇA | 122 |
23 º | COREIA DO SUL | 109 |
24 º | EUA | 98 |
25 º | URUGUAI | 96 |
26 º | CHILE | 94 |
27 º | MÉXICO | 91 |
* É permitida a reprodução parcial ou total deste material, desde que citada a fonte com link.