O Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central, trouxe nesta segunda-feira (23) mais uma alteração na aposta do mercado em relação à taxa básica de juros para 2016. De 13%a foi para 12,75%, enquanto para 2017 a redução foi menor, de 1,50% para 11,38%.
A queda é resultado da avaliação do mercado de que o economista-chefe do Itaú, Ilan Goldfajn, tende a cortar a Selic mais rapidamente que a gestão atual, comandada por Alexandre Tombini.
A mudança na perspectiva de juros também é decorrente do aprofundamento da recessão enquanto a inflação dá alguns sinais de alívio.
PIB
A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 passou de queda de 3,88% para retração de 3,83%. Para 2017, a expectativa foi mantida em crescimento de 0,50%.
Enquanto isso, a perspectiva para a produção industrial aumentou a que de 5,85% para 6% em 2016 e o crescimento no próximo ano foi elevado de 0,74% para 0,90%.
Inflação
Para 2016, a perspectiva medida pelo Índice de Preços ao Consumidor amplo (IPCA) subiu levemente, de 7% para 7,04% após resultado relativamente alto na prévia do IPCA de maio.
A inflação parcial do mês, feita pelo IPCA-15, foi de 0,86%, ante expectativa anterior do mercado de 0,77%, atingindo o maior patamar das últimas duas décadas.
A perspectiva para preços administrados, aqueles estabelecidos por contrato ou órgão público, como água e luz, foi mantida em 5,50% em 2016.
Já para 2017, a projeção do IPCA foi mantido em 5,50% e os preços administrados também devem subir 5,50% no próximo ano.
Dólar
A moeda norte-americana teve seu valor previsto para o fim de 2016 reduzido de R$ 3,70 para R$ 3,67. Para o próximo ano, caiu de R$ 3,90 para R$ 3,88.
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