Inflação ainda rompe limites da meta e PIB mantém piora

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Pela oitava semana consecutiva, a projeção para a inflação deste ano foi reduzida por instituições financeiras, informou o boletim Focus, do Banco Central, nesta segunda-feira (2). Já para 2017, foi o quarto ajuste consecutivo.

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2016 passou de 6,98% para 6,94%, uma ligeira queda de 0,4% na semana. Ainda assim permanece acima do limite superior da meta estipulada pelo governo para o período, que é de 6,5%

Para o ano seguinte, a redução foi o dobro, de 5,80% para 5,72%, ou seja, 0,8%. O número fica bem acima do mesmo centro da meta, mas não chega a ultrapassar o “teto” de 6%.

Tanto para 2016 quanto para 2017, o centro da meta é 4,5%. A responsabilidade de manter a inflação sob controle é a do próprio Banco Central, que se utiliza da taxa básica de juros, a Selic, para influenciar a atividade econômica.

O que a Selic tem a ver com a inflação?

Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta a Selic, a intenção é conter a demanda, tornando o crédito mais caro e consequentemente estimula a poupança (e também outros investimentos, como a Renda Fixa).

Já quando o Copom reduz os juros básicos, o crédito fica evidentemente mais barato, o que incentiva a produção e o consumo, permitindo um alívio em relação ao controle sobre a inflação.

E por falar em Selic, a projeção das instituições financeiras para ela, ao final de 2016, foi mantida em 13,25% ao ano.

Enquanto isso, para o fim de 2017, a expectativa passou de 12% para 11,75% ao ano – uma tímida redução de 0,25%.

Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.

E o PIB?

Pela 15ª vez consecutiva, a estimativa por parte de economistas é a de piora. De -3,88% na semana anterior passou para -3,89%.

Para 2017, a estimativa foi na contramão e subiu de 0,30% para 0,40%, no segundo ajuste seguido.

O PIB por setores

A estimativa para a queda da produção industrial passou de 5,80% para 5,83%, este ano. Para 2017, a projeção de crescimento foi ajustada de 0,54% para 0,50%.

Enquanto isso, o dólar teve sua projeção alterada de R$ 3,80 para R$ 3,72 ao fim deste ano, e de R$ 4 para R$ 3,91, no fim de 2017.

 

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