PIB abaixo de 0: “-3,66%”, apostam instituições financeiras

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Em 16 semanas corridas neste ano, as instituições financeiras já fizeram dez reajustes consecutivos na projeção de queda da economia nacional. O número divulgado nesta segunda-feira (28), pelo boletim Focus do Banco Central (BC), está em 3,66%, ante os 3,60% da semana anterior, para o Produto Interno Bruto (PIB) – isso “abaixo de 0”.

Se não ocorrer mudanças durante o percurso até o fim do ano, não será difícil bater o pior resultado dos últimos 25 anos, registrado em 2015. Foram 3,8% de descenso.

Qualquer que seja o resultado negativo, será a primeira vez que o País registra dois anos seguidos de encolhimento, segundo a série histórica oficial do IBGE, que teve início em 1948.

Como efeito cascata, expectativa de crescimento para 2017 recuou do 0,44% para 0,35%, em um segundo ajuste seguido. Ou seja, é hora de pensar em 2018, ano de eleições, que geralmente provoca uma turbulência econômica, entregue às especulações.

No começo do ano, a expectativa do governo federal para 2016 era de queda de 1,9% do PIB, segundo publicado no Diário Oficial da União (DOU) de 15 de janeiro, um dia depois de ser sancionado o orçamento

Por outro lado, o IPCA e o dólar

Na contramão das projeções cada vez mais pessimistas para o PIB, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 7,31%, o terceiro reajuste seguido, apontam as instituições financeiras. Na semana passada, a estimativa era de 7,43%.

Já para 2017, pela sétima semana consecutiva o número indicado é de 6%.

O valor estimado pelo dólar americano caiu de R$ 4,20 para R$ 4,15

E a Selic, como fica?

A expectativa é que a taxa básica de juros, Selic, feche 2016 no atual patamar de 14,25% ao ano, após demonstrações de que o Banco Central se mantém alinhado com o Palácio do Planalto.

No dia 20 de janeiro, mesmo após anúncio da possibilidade de elevação da taxa, o órgão decidiu pela manutenção em reunião realizada no Comitê de Política Monetária (Copom). Naquela época, apenas 26% dos economistas previam a manutenção, enquanto 49,1% apostava que a selic subiria 0,50% e 24,6% assinalava 0,25 ponto percentual, segundo a agência internacional Bloomberg.

Para 2017 há uma considerável melhora: 12,50% ao ano.

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