Empreendedorismo: cenário muda e negócios são abertos por necessidade

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Com um cenário econômico mais favorável, onde juros eram menores e políticas de incentivo ao consumo se faziam possíveis, entre 2007 e 2014 os negócios eram abertos a partir de oportunidades encontradas por empreendedores, algo em torno de 70%. Contudo, em 2015, os números se inverteram radical e substancialmente.

De acordo com dados obtidos por meio da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), de 71% o percentual dos negócios abertos por oportunidades caiu pra 56%. Os outros 44% – considerados também os microempreendedores individuais (MEI) – surgiram da necessidade, que antes era 29% da fatia. Um aumento de 15%.

A gerente da unidade de inteligência empresarial do Sebrae-MG, Carolina Xavier, observa que “a questão está relacionada com a dificuldade da reinserção no mercado de trabalho”. Em 2016, a taxa de desemprego já chega aos dois dígitos em diversos Estados.

Um exemplo é Bahia, que registrou 12,8% de desemprego já no terceiro trimestre de 2015, sendo que a capital Salvador atingiu alarmantes 16,1%). Os dados são do IBGE.

Carolina ressalta a atenção para questões gerenciais é fundamental, independente o cenário socioeconômico. “O conhecimento é essencial desde a concepção do projeto. Tem que identificar a oportunidade naquele setor, estudar o posicionamento no mercado e pesquisar o público, pois, quanto mais planejado, maiores são as chances de sucesso”, avalia a especialista.

 

Empreender está no topo dos desejos
A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) traz ainda a informação de que empreender é um sonho apontado por 34% da população, o que supera a vontade de ter um diploma de curso superior e de fazer carreira dentro de uma empresa, ambos com 29%.

No Brasil, quatro a cada dez pessoas têm um negócio ou estão envolvidos na abertura de um, segundo levantamento do Sebrae.

“Ter um negócio sempre esteve no topo dos sonhos dos brasileiros, ao lado da casa própria. Mas antes, a pessoa tinha uma boa ideia e agarrava a oportunidade. Agora muita gente pensa: ou empreendo ou morro de fome”, analisa o coordenador do núcleo acadêmico de vocação empreendedora do Ibmec, João Bonomo.

“O problema é que existe um risco altíssimo de aumentar a taxa de mortalidade das empresas”, destaca.

 

Como obter orientações para abrir o próprio negócio?

O Portal Sebrae tem um artigo bastante didático que pode te ajudar. É o “10 passos para abrir um negócio”

Já o governo federal disponibiliza o Portal do Empreendedor, que com alguns cliques te dá a possibilidade de criar um CNPJ e se tornar um microempreendedor individual.

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